[Em cima do Lance com Paulo Leandro] Flu vence no gramado-areal multiuso




Por Paulo Leandro

O Fluminense achou um golzinho maroto de Jean, no final do segundo tempo, e venceu o Palmeiras para alcançar a vice-liderança do Brasileiro que era do Vasco.

Fred não fez nada e foi Rafael Sóbis quem ajeitou para a conclusão de Jean no canto esquerdo do goleiro Bruno que antes fizera uma boa defesa em uma recuada louca de bola de um zagueiro.

O placar de 1x0 não espelhou o que foi a partida porque o Porco criou mais oportunidades. Barcos teve três chances e não justificou tanta badalação em torno de sua suposta qualidade de marcar belos gols.

Obina deu de calcanhar para o lateral Artur mandar um balaço na trave, ainda no primeiro tempo, depois de a bola tocar no goleiro Cavalieiri, que fez outras duas boas intervenções. O baiano de Itaparica criou mais um bom ataque antes de ser sacado.

Marcos Assunção, em sua clássica jogada de bola parada, era outra tentativa - frustrada - de Felipão Scolari, que assistiu ao jogo lá de cima, que nem faz professor Carpegiani, só que no caso do palmeirense, foi por suspensão mesmo, gancho conquistado na derrota para o Bahia.

OLIMPÍADA

Como bem disse o narrador do SporTV, os dois times disputam campeonatos diferentes, em uma aula de contexto que teria o aplauso do doutor Renatinho da Silveira.

O Fluminense briga para voltar a ser campeão enquanto o Palmeiras permanece lá embaixo, vivendo paradoxalmente a condição de campeão da Copa do Brasil e habitante da zona de rebaixamento.

O importante é que o resultado fez feliz meus amigos Paulo César Brito Gomes, Antônio José Silva Filho, Tê Barreto, e in memoriam, Zeka de Magalhães, podendo ainda ser dedicado, sempre e muito grato todo e qualquer placar favorável ao Fli ao cronista-referência Nelson Rodrigues.

O que chamou muito a atenção deste telespectador foi a cor do gramado em tons verdes e de acinzentados pra branco, sinalizando que ali há porções de areia enfeitando o capinzal rebaixado.

Provavelmente por ser um estádio olímpico, o Engenhão já se prepara para a Olimpíada tornando-se uma arena apropriada tanto para o futebol quanto para os esportes de areia, como o vôlei de praia e, quem sabe, estreando a modalidade futebol de areia, além do salto em distancia do atletismo.

ÂNIMO

Parece não ter causado problema aos atletas esta qualidade do gramado-areal do Engenhão, no entanto, vale lembrar que se precisarem do know-how ou se preferirem, do expertise da equipe de Bobô, vale a pena ver como se fez para curar o campo de Pituaço, hoje um primor de palco para a prática do futebol.
Os companheiros da Marvelous City parecem preferir uma espuma do que o labor de ter de arrumar esse negócio de campo, afinal, só de plantio, especialista em botânica e tipo de grama, entre outros itens, ia dar uma trabalheira danada.

Então, de espuma eles são mesmo ótimos e até começaram a divulgação da candidatura do nome da bola para a Copa do Mundo. Tem Bossa Nova, Gorduchinha, Carnavalesca...

Periga ter bola com nome bem interessante e não ter um gramado que preste, mas quem sabe a ideia de transformar este pasto no primeiro palco multiuso simultâneo para várias modalidades pode ser a gaiva que faltava para evitar o perigo de ter de pegar duro no batente.

Já pensou se isso acontece na Bahia? Iam logo publicar uma charge de baiano deitado em rede ou coisa parecida para ilustrar a suposta falta de ânimo para dotar o estádio do que há de mais elementar em um estádio: o campo.

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