[Em Cima do Lance com Paulo Leandro] O Japão que eu vi

Por Paulo Leandro


Ver jogo de bola de homem ficou totalmente sem sentido depois da partidaça que nos ofereceram agora há pouco as seleções femininas de Japão e França, pela semifinal olímpica em Londres.

As japonesas superam o tamanhinho com um super-empenho em ocupar todos os espaços. Incrível como conseguem, com garra e muito amor à camisa azul, dar testa às francesonas muito maiores.

A vitória sorriu para o Império do Sol Nascente por mérito total. O placar de 2x1 fez justiça a quem mesclou melhor habilidade e vontade de vencer. Ohno jogou muito. Ogimi também.

A goleira Fukomoto pegou quase tudo. Teve uma bola mesmo, ou foi Necib ou Le Sommers, tou sem o replêi aqui agora, que Fuko se esticou toda e pegou com uma mãozinha só, no chão. Tinha endereço.

A sorte ajuda quem trabalha e a francesa Bussaglia teve de desperdiçar o pênalti quando o jogo estava 2x1 para o Japão. Porque assim, errando o pênalti, ela não contrariou o mérito japonês.

Bussaglia foi bancar a perfeitinha, ficou concentradona, olhando pra bola, deu a dançadinha certa, rebolou para botar Fukumoto no canto e a bola no outro. Mas a redonda, caprichosamente, passou beirando a trave esquerda.

MYAMA

Edinho, que estava comentando para a ótima transmissão do SporTV, deu a ideia certo para Bussaglia. Uma goleirinha daquele tamanho, amiga, era só bater no canto, ou mesmo à meia altura, com força, que não tinha como ela pegar. Pra que aquele charme todo?

Antes deste lance, que definiu a vitória japonesa, tivemos os gols que construíram o placar. A começar pela falha da goleira francesa Bouhaddi, que saiu catando libélula e deixou a bola pererecando, pedindo ‘me chute’, até a ponta de bota de Ogimi botar lá dentro 1x0 pro Japão.

No segundo gol, já na etapa final, brilhou o treinador frieza total Sasaki, que só se manifesta fazendo careta e nem vibra com a bola balançando a rede francesa.

Brilhou Sasaki porque obviamente aquilo é jogada exaustivamente ensaiada. Myama, com esse apelo explícito por ser querida e paparicada, encontrou a cabeça de Sakaguchi que cutucou (não é o do facebook) no canto esquerdo da caçadora de libélulas.

O professé Bruno, da França, se retou, botou Le Sommers no jogo e foi ela quem achou o segundo gol, aproveitando de primeira e à queima-roupa, um cruzamento da esquerda.

ARGOLAS
Independentemente do bom futebol, ponto positivo na partida para o cuidado da atacante Necib com a maquiagem e as unhas bem pintadas de vermelho.
Podia ter uma moda mais apropriada para demarcar o território do futebol feminino, que depois de Japão 2x1 França, vai ganhar mais fãs por causa da emoção transmitida lance após lance.
Não sei se o Grupo Femens vai concordar, mas o uniforme usado pelas mulheres é copiado dos homens sem necessidade. Bem que um corte mais charmoso no short, quem sabe em forma de saiote-envelope ou algo assim, poderia deixar o futebol feminino ainda mais belo e espetacular.
Agora, vamos ver se Canadá e Estados Unidos nos brindam com um bom futebol como fizeram as baixinhas retadas do Japão e as grandes francesas das unhas pintadas.

Ah, o Brasil ganhou um ouro aí nas argolas, mas estas não têm nada a ver com mulheres e sim com o homem Arthur Zanetti, da ginástica.
E a baiana Adriana mostrou mais uma vez que o esporte mais presente da Boa Terra é mesmo o boxe de Popó e não o futebol da sempre vacilante dupla Ba-Vi. Adriana garantiu medalha de bronze ao se classificar para a semifinal.

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