[Seu Direito com Jamille Damaceno] Violência contra mulher: também é um problema seu!
A violência contra mulher é
um assunto que tem sido muito discutido, uma vez que é alarmante o índice de
abusos e agressões que as mulheres vêm sofrendo durante anos e somente agora
têm sido criadas políticas de proteção. Segundo a Secretária Estadual de
Políticas para as Mulheres – SEPM, a Bahia ocupa o 8ª lugar no ranking nacional
de violência contra mulher. Um dado estarrecedor! Essa violência assume
dimensões mais dramáticas quando associadas à pobreza.
Esperávamos mais para o
início do século XXI. Com tantas mudanças e quebras de paradigmas, com o avanço
da figura feminina por todos os setores sociais, com políticas sociais e
internacionais mais engajadas na preocupação quanto às agressões e violências diversas,
é inaceitável que ainda existam mulheres sendo agredidas.
Com
finalidade de proteção ao direito da mulher, a Constituição Federal prevê as
seguintes disposições: art.1º, III (a
dignidade da pessoa humana); art. 5º, I (homens e mulheres são iguais em
direitos e obrigações); art. 7º, XXX e art. 226, § 8º. Há também a Lei
11.340, popularmente conhecida como LEI MARIA DA PENHA
que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a
mulher nos termos do já citado § 8º do art. 226. A referida Lei foi
recentemente alterada: agora o Ministério Público poderá ter a
prerrogativa de denunciar e processar agressores mesmo sem queixa formal das
vítimas, ou seja, não poderá ser
retirada a denúncia, visto se tornar incondicionada, e o Ministério Público,
dono da ação penal dará seguimento no processo. Outra novidade é que qualquer
pessoa pode denunciar a agressão.
Em
suma, a violência contra a mulher é considerada hodiernamente como um problema
de saúde pública, pois atinge a sociedade como um todo, desde as classes mais
altas às camadas menos favorecidas. É preciso buscar uma alternativa para que
as mulheres possam alcançar seu desenvolvimento econômico e social, rompendo
com as barreiras do preconceito para mudar essa triste realidade. Salientando
que para isso é necessário que as mulheres não se calem e denunciem as
agressões ligando para o Disque Denúncia 180, assim será possível traçar
um novo horizonte para as mulheres.
Se
você está sendo agredida, física ou psicologicamente, não se cale! DENUNCIE! Ligue 180.
Dirija-se
a uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM)
Endereço: Rua Padre Luis
Figueiras, s/ nº - Bairro: Engenho Velho de Brotas , Salvador.
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Este texto foi construído em parceria da nossa
colaboradora Jamille Damaceno e outros estudantes da UCSAL.
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