[PMBA em Notícias] População ainda confia na polícia


Apesar das estatísticas apontarem aumento da criminalidade urbana, uma pesquisa sobre o Índice de Qualidade de Vida (IQV) do Observatório do Comportamento & Tendência (Planter), realizada em Salvador, resultou em dados sobre a sensação de proteção e opinião dos moradores da capital baiana sobre a segurança pública.

De acordo com a coleta, 53% dos entrevistados sentem-se seguros com o trabalho ostensivo da polícia, 44% depositam as esperanças na fé. Mesmo diante da positividade demonstrada nos dados, 67% dos soteropolitanos temem a violência.

Em uma cidade habitada por cerca de 6 milhões de pessoas, na qual o advento da droga é apontado como principal agente motivador da criminalidade, a diversidade de registros criminais afeta o cotidiano e comportamento dos baianos. De acordo com a pesquisa, 55% das pessoas apontaram o assalto como o crime mais temido e latrocínio e estupro como os mais graves.

De janeiro a abril deste ano, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram registrados 175 estupros e 11 roubos seguidos de morte (latrocínio), entre as 20 Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP).

Para a socióloga e coordenadora da pesquisa, Maria Helena Rocha, “a instituição ‘Polícia’ ainda tem sua credibilidade perante a sociedade. Isso demonstra que, mesmo com casos de corrupção e notícias negativas sobre as corporações, o soteropolitano sente-se mais seguro quando existe um policial por perto, o que contrasta com o que muitos dizem que eles (policiais) só transmitem insegurança”,  afirmou.

Apesar da confiança na polícia, 67% dos soteropolitanos estão cientes da criminalidade e acreditam que podem ser vítimas da violência ainda este ano.  Há nove meses atuando em uma das áreas com maior movimentação da cidade, Centro Histórico, o Coronel Anselmo Brandão, do 18º Batalhão da PM, afirma que a PM age com proximidade da sociedade, o que pode despertar opiniões diversas. “Somos considerados agentes disciplinadores da sociedade, o que pode causar certo ‘mal-estar’, mas é importante ter consciência que, por mais que a PM trabalhe, a criminalidade é um problema global e deve ser tratada por todos”, disse.

De acordo com a SSP, nos quatro primeiros meses deste ano, foram contabilizados 597 assassinatos, 11 latrocínios, além de 2.266 carros roubados e 492 furtados. No item de atividade policial, consta que 373 usuários de drogas foram apreendidos neste período, em diversos pontos da capital.

Segundo pesquisa do Planter, 50% dos entrevistados afirmam que o tráfico e uso de drogas são os fatores que mais têm causado insegurança na população soteropolitana, seguidos da criminalidade de modo geral (17,3%), corrupção (7,3%) e impunidade (4,7%).

“Acredito que todos os fatores contribuem para a insegurança, mas, de qualquer forma, não podemos apontar o tráfico e uso de drogas como principal causa. Sabemos que a droga tem causado vários problemas à sociedade, mas o usuário tem que ser tratado como problema da saúde pública, pois ele é uma vítima”, afirmou o coronel Brandão.

Prevenção é responsabilidade de todos

Em relação à prevenção contra os crimes diários, a pesquisa aponta que 50% dos entrevistados não se previnem para não serem vítimas da violência, enquanto 9% evitam sair de casa.

Em relação à responsabilidade sobre a segurança, 93% delegam a função para o governo, enquanto apenas 3% acham que a responsabilidade é de todos. “Diariamente registramos casos de assaltos, roubos e assassinatos, com histórias repetidas. Na maioria dos casos, a gente percebe que as pessoas vacilam demais e terminam arriscando a própria vida, por bobagem”, comentou um policial civil que preferiu não se identificar.

Já o coronel Anselmo Brandão garante que a violência também é consequência de educação e base familiar. “Sabemos que o soteropolitano tem muitos problemas financeiros e com a educação, mas é preciso ressaltar que as pessoas andam muito violentas também por falta de base familiar. Podemos perceber isso, com as discussões no trânsito, ou até mesmo pelos homicídios cometidos por motivos banais”, afirmou.

Da Tribuna da Bahia


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