[Em Cima do Lance] Vem aí o jornal Rugido do Leão!

 
Por Paulo Leandro

Uma das satisfações que tenho nesta vida é ser editado por ex-aluno. Sim, aquele cara que você conheceu ali, aprendendo as primeiras letras do jornalismo, um dia, te edita, sim, você o ex-professor. A história se repete agora com meu querido ex-aluno Matheus 70.

70 é diretor do novo jornal do Vitória, o Rugido do Leão, que será distribuído na entrada do Barradão, antes dos 19 jogos que o Decano vai fazer em Salvador pela Série B. O impresso se propõe informar ao torcedor sobre como estará o Vitória que ele vai ver jogar e ajudar a vencer.

Quero aqui expressar o meu contentamento pelo convite do meu ex-aluno e dizer o quanto é bom quando a gente é reconhecido, como educador, por aqueles que viraram profissionais de comunicação um pouco mirados no nosso exemplo.

70 sempre foi entusiasta das minhas aulas de gêneros jornalísticos e redação em impresso (ou algo parecido) na Faculdade de Tecnologia e Ciências, cujo curso era bem capitaneado por nosso bom amigo Bernardo Cabral, hoje servindo ao jornalismo do Distrito Federal. Pediu-me, então, o bom 70, que rabiscasse algumas mal tecladas para estrear junto com o jornal, a coluna do Leãodro, chiste de gosto duvidoso que une o animal mascote do clube ao sobrenome herdado de papai.

ANGOLA

Espero, sinceramente, que o jornal possa trazer boa sorte para o Vitória e que o livre do mal de novos fracassos como o verificado em Criciúma. O amigo Kléber Leal adivinhou o placar, ao afirmar que o Vitória não tomava menos de dois. Ô língua!

Vamos ver se no próximo compromisso em casa, o Vitória se reabilita para não ampliar a distancia do bloco da frente do campeonato brasileiro. Agora, então, que vou sair no jornal novo do Vitória, mostrando escudo da camisa e tudo, o nego tem de fazer esta gracinha pra gente.

Antecipando o tema da minha primeira coluna, vou escrever sobre um assunto que me incomoda muito, a excessiva cobrança da torcida, principalmente quando o Vitória embala e começa a atrair muita gente para o Barradão.

O público muda totalmente de perfil. De 5 mil pessoas em média, dispostas a apoiar o time do início ao fim da partida, triplica o número e neste triplicar muda para uma torcida exigente demais que deixa o time nervoso com tanta cobrança.

Quero muito que o Rugido dê certo. Tive a grata satisfação de produzir conteúdo para o Vitória, na revista que fundei com meu amigo hoje radicado em Angola, rubro-negro de escol (não é a cerveja), Humberto Sampaio.

AUDIÊNCIA

A revista chamada Vitória! circulou na gestão de Paulo Carneiro. Tomei conta dela entre 1997, desde o número 1, até 1999. Fechava a edição na rua Arthêmio Valente (nome do fundador), em Brotas. Meu parceiro de planejamento gráfico era Humberto Monteiro, um grande profissional.

Quando a gente trabalha para o clube que torce, é legal porque não precisa fazer aquele esforço para ser imparcial ou ao menos dar o direito de várias vozes se manifestarem em proporções iguais. O Rugido, assim como foi a revista Vitória!, é a oportunidade de poder escrever com o coração.

O pessoal radical às vezes não entende que o profissional pode até servir ao rival. No ano de 1989, por exemplo, coube a mim editar a única revista que circulou em Salvador contando a história do título brasileiro conquistado pelo Bahia.

Se o profissional sabe dosar e se posicionar em cada contexto, vai desenvolver seu trabalho com maestria e sem estresse. Na Bahia, a mentalidade ainda é muito atrasada em relação a grandes centros, onde os profissionais confessam seus clubes e o torcedor entende.

Aqui, percebo um medo danado de colegas com receio de afrontar um segmento numeroso de audiência se eles disserem que torcem por Bahia ou Vitória. Bobagem. Uma coisa é o torcedor, outra é o jornalista, e os bons profissionais sabem diferenciar um do outro.

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