Maior limite para ‘importar’, Copa e grana: entenda por que os gringos viraram "febre" no futebol brasileiro
Palavras do empresário que movimentou a bola baiana
em 2014: colocou os argentinos Maxi e Emanuel, além do paraguaio
Pittoni, no Bahia. Régis Marques Chedid tem lidado bem com a invasão
estrangeira ao país. “O Olímpia, que tenho quase todo o time, foi vice
da Libertadores. O Libertad, semifinalista da Sul-Americana. Juntou
tudo”, conta.
Mas
não é só isso. Dos 20 clubes que disputarão a Série A do Campeonato
Brasileiro este ano, apenas Chapecoense, Figueirense e Goiás ainda não
têm um gringo no elenco. Eles já são 44 no nosso pelotão de elite, média
de 2,2 por time.
Há outra explicação. O efeito colateral do poder
econômico é refletido nos salários astronômicos dos jogadores
brasileiros. E com folhas salariais cada vez mais inchadas depois do
‘boom’ provocado pela renegociação das cotas de TV, nossos clubes
parecem ter percebido que uma boa saída para desonerar o orçamento é
investir em talentos de países vizinhos.
“Esse
investimento em jogadores latino-americanos não pode ser encarado como
uma espécie de modismo. Os salários dos jogadores dentro do futebol
brasileiro estão bem acima da capacidade dos clubes. E houve a percepção
de se buscar no futebol latino-americano jogadores com a mesma
qualidade técnica e, às vezes, até superior a de jogadores brasileiros,
mas com salários e custos menores”, analisa Alexi Portela Júnior, atual
presidente da Liga do Nordeste.
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Limite
Presidente do Vitória em 2013 - quando o clube acertou com Maxi, Escudero e Cáceres e se acertou no Brasileiro -, foi de Alexi a campanha para aumentar o número de estrangeiros inscritos por clube em cada partida: de três para cinco.
Presidente do Vitória em 2013 - quando o clube acertou com Maxi, Escudero e Cáceres e se acertou no Brasileiro -, foi de Alexi a campanha para aumentar o número de estrangeiros inscritos por clube em cada partida: de três para cinco.
“Acho que esse
tipo de investimento vai ajudar a diminuir um pouco a distância entre os
clubes do Sul-Sudeste e Nordeste do país. E eu vejo o Vitória como
referência no assunto, pois tem um histórico positivo com jogadores
estrangeiros na sua história”.
Em 2014, o Bahia trabalha com a mesma ideia. A nova
diretoria entrou de cabeça no mercado sul-americano. “Nós não estamos
pensando em inflacionar a folha do Bahia como era inflacionada e muito
mal utilizada”, explicou o presidente Fernando Schmidt, durante a
apresentação da Copa do Nordeste.
O
objetivo é negociar jogadores como Souza, Kléberson e Neto - de altos
salários e pouco retorno -, para trazer outros reforços, de preferência,
do mercado de fora, como já anunciou o vice-presidente Valton Pessoa. O
atacante chileno Sebastián Pinto, do Bursaspor, da Turquia, é o nome da
vez. Vale lembrar que o custo dos atletas relegados ao time B do Bahia é
de aproximadamente R$ 600 mil mensais.
Desde o final do Brasileiro 2013, 20 gringos foram
contratados pelos clubes da Série A. Só o Grêmio atingiu o limite de
cinco estrangeiros.
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