[Notícias Policiais] APPMBA promove encontro nacional de policiais militares em Salvador
Por Edinei Dantas
A Associação de Praças da Polícia Militar do Estado da Bahia – APPMBA, foi a anfitriã de um encontro nacional de entidades ligadas aos policiais militares de todo o país, nos dias 2 e 3 de setembro. O evento ocorreu no hotel Alah Mar, no Jardim de Alah, em Salvador, e serviu para serem discutidas manobras de pressão da categoria para que a PEC 300, proposta que garantirá um piso salarial nacional para policiais e bombeiros, seja aprovada no Congresso Nacional. "É mais uma forma que buscamos para cobrar e defender essa bandeira, fundamental para a segurança pública na Bahia e no país", explicou o presidente da associação, Agnaldo Pinto. Também esteve presente no encontro o deputado federal ACM Neto (DEM-BA), defensor do projeto na Câmara Federal.
Eleito presidente do conselho deliberativo da comissão de criação da nova associação, o Cabo Wilson de Moraes acrescentou que o encontro teve como finalidade criar uma entidade nacional ou modificar a já existente, com o objetivo de congregar também os oficiais, numa organização que possa, por exemplo, entrar com uma ADIN – Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal, defendendo o policial de qualquer parte do Brasil. “Nós temos a associação nacional de cabos e soldados e bombeiros militares, mas ela tem restrições por só tratar das Praças”, explicou ele que é baiano e preside a maior associação de policiais militares do mundo, a de São Paulo.
“Será um avanço muito grande essa criação que deve ser consolidada em Brasília no final deste mês, com o registro e a publicação no Diário Oficial da União. A partir daí vamos à luta nacional, principalmente pela PEC 300. É um absurdo que em Brasília os policiais militares ganhem R$ 5.100,00, enquanto no Rio de Janeiro se ganhar R$ 950,00 no início da carreira. A profissão policial militar é de risco em todo lugar. Por isso nós defendemos a PEC 300, com R$ 3.500,00 de vencimentos no início de carreira policial militar em todo o Brasil”, esclareceu o Cabo Moraes.
Representando a Associação de policiais militares do ceará, o Soldado Sabino Abreu esclareceu outros benefícios que podem ser conquistados com a criação de uma entidade nacional. “Esta nova associação visa ser muito mais que uma simples entidade de representação. Pensamos em realizar pesquisas, desenvolvimento de projetos, através de parcerias com pesquisadores da USP e outras universidades; montarmos documentos fundamentando o quanto e o porquê o policial militar deve receber tal valor de salário, dentre outros temas. Entregaríamos nas mãos das autoridades documentos assinados por mestres e doutores, o que nos daria muita mais credibilidade”, explicou ele.
Para Sabino Abreu será possível também a concretização de grandes convênios. “Imagine a gente com uma associação nacional forte, com 150 mil associados. Nosso gerente de relações institucionais e convênios vai até a fábrica da FIAT, como exemplo, e fecha parceria para que nossos associados comprem um automóvel pagando a preço de fábrica, ou um Tablet, um Nootbok por 700 reais para compras em massa, entendeu a importância”, complementou. Outro ponto importante falado por Abreu foi em relação a desmilitarização. Segundo ele, é uma tendência mundial, que inclusive já aconteceu com a polícia militar de Minas Gerais, que substituiu o código penal militar pelo código de ética. “Passaríamos a ser paramilitares, mantendo nosso arcabouço cultural, a farda, os costumes, mas sem o militarismo regulamentar”, finalizou Sabino Abreu.
Confira fotos na próxima edição do Jornal do Praça, que já está sendo finalizado.
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