Ação policial no Cabula foi legitima defesa

O secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, afirmou que os mesmos laudos que foram usados no Ministério Público da Bahia (MP-BA) para indicar que as 12 mortes no Cabula foram frutos de uma"execução sumária" foram usados pela SSP para provar que tudo não passou de legítima defesa dos policias militares. De acordo com Barbosa, “essa é uma questão de interpretação”. “Sempre batemos na tecla de que a reprodução simulada do fato era fundamental, pois os laudos são muito interpretativos. O MP deve ter os motivos dele para interpretar assim (como execução sumária)”, afirmou, em coletiva nesta sexta-feira (3), na sede do órgão. De acordo com Barbosa, a tese de execução sumária não procede, também, pelas ações dos PMs logo em seguida às mortes. 

“Isso foi batido pelos sobreviventes e, para mim, é muito convincente. Vamos pensar numa execução onde quatro ou cinco pessoas estavam vivas? Elas são unânimes em dizem que o socorro não demorou”, explicou. Ainda de acordo com o chefe da SSP, o laudo da PM será apensado ao processo e servirá tanto para a acusação quanto para a defesa. “Isso tudo vai ser usado pelo juiz para que o veredito final seja dado”, concluiu.


Inteligência da PM determinou ação no Cabula, afirma diretor do DHPP


Os Policiais Militares (PMs) envolvidos na ação que resultou na morte de 12 pessoas no Cabula estavam ali, segundo o diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoas (DHPP), José Alves Bezerra Nunes, a mando da inteligência da Polícia Militar e de informações da corporação. “A inteligência da PM tinha informação de planejamento de ações criminosas para explodir caixas eletrônicos que partiriam ali, daquela região. Aliado a isso, naquele dia, havíamos iniciado a operação Impacto IV, que teve planejamento prévio e tinha como orientação fortalecimento do policiamento ostensivo na área”, justificou, nesta sexta-feira (3). Ainda de acordo com Bezerra, as 12 pessoas que morreram estavam na Vila Moisés por o local abrigar um ponto “rentável e ágil” de venda de drogas. Após a troca de tiros, ainda de acordo com o diretor do DHPP, todos os baleados foram levados para o hospital imediatamente e, em dois corpos, foram encontrados projéteis de armas que não são da polícia. Com eles, foram apreendidas 15 armas, dois simulacros de arma de fogo, explosivos,  seis quilos de maconha, dois de cocaína e roupas camufladas.


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