[Curiosidade] No Clássico das religiões o Vitória é evangélico e o Bahia católico

Jornal da Metrópole

Ba-Vi em Cristo: Jornal da Metrópole mostra preferência religiosa de jogadores

Católicos são maioria no Bahia; No Vitória, evangélicos comandam
Considerada a maior rivalidade do mundo do futebol, o clássico escocês Celtic x Glasgow Rangers guarda uma semelhança com o principal derby baiano, Bahia x Vitória: a presença, em proporções majoritárias contrárias, das duas principais vertentes cristãs. Se na terra dos homens de saia a disputa entre católicos e protestantes se dá fora de campo, inclusive com batalhas sangrentas entre as torcidas por conta da religião, o antagonismo no caso da dupla Ba-Vi é visto só no amistoso ambiente esportivo. Nos seus plantéis, o Bahia tem maioria de católicos e no Vitória se louva Jesus na pegada de Martinho Lutero.

Um levantamento feito pelo Jornal da Metrópole entre os atletas da dupla Ba-Vi que mais atuaram no Campeonato Baiano 2012 demonstra que 96% deles se declaram cristãos.




Pastor Geovanni


No elenco do Vitória — o Glasgow de Canabrava —, a influência dos evangélicos na vida dos entrevistados está diretamente ligada à atuação do meia Geovanni. Ele, que frequenta a Igreja Sal da Terra, localizada no bairro de Jardim Cajazeiras, e segue a religião desde os 16 anos, convenceu muitos companheiros a participarem dos cultos, entre eles Gabriel Paulista, Douglas, Nino Paraíba e Rildo. Em entrevista ao Jornal da Metrópole, o meia, que adota discurso de líder religioso, não descarta a chance de virar pastor após pendurar as chuteiras. “Quero a cada dia aprender mais sobre Deus, passar um pouco daquilo que eu aprendi para as pessoas e falar que Jesus faz a diferença”, explica.


Turma do Senhor

Já no Bahia — o Celtic de Itinga — , o censo religioso demonstra dados mais semelhantes com os índices registrados em pesquisas deste tipo entre os brasileiros. No tricolor, 64,2% são católicos, enquanto no país, 68% seguem a religião, de acordo com projeção da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2011.

O meia Morais contou que, ao contrário do que acontece no Vitória, não existe um jogador que una os colegas em torno de uma religião. “Eu acredito num ser superior. Tenho a minha fé, acho importante. Mas aqui no Bahia, com relação a isso, é bem democrático. Não vejo ninguém tentando levar o outro para a igreja, ou converter para outra religião. Cada um respeita o espaço do outro”, declarou.


Boca limpa


Oficializada em março de 2012, em Feira de Santana, a embaixada ‘Bora Bahêa Minha Bênção’ surgiu como uma alternativa para um grupo de torcedores da Paróquia Católica Nossa Senhora das Graças. Como estes tricolores católicos não falam palavrões, não poderiam entoar o famoso  grito ‘Bora Bahêa, Minha Porra’.




Eduardo Brito, fundador do BBMB, falou que seu grupo prega a paz e o respeito entre torcidas. “A nossa Embaixada Tricolor chegou para ser um sinal da paz na convivência fraterna e fazendo o bem a todos, sem distinção”, afirma.

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