Radialistas idôneos respondem também nas redes sociais sobre lista do Bahia.



Alguns colegas da Crônica Esportiva não utilizaram apenas seus programas de rádio para responder à exposição de certo ponto até irresponsável que tiveram por parte do Bahia, e colocaram-se também nas redes sociais. Publicaremos na íntegra o que foi dito para não haver distorção do que foi explicado.


Bruno Queiroz Repórter da Rádio CBN Salvador:





Caro ouvinte/leitor,

Apesar de ter me posicionado ontem na Rádio CBN, em relação a divulgação do meu nome na lista de passagens aéreas fornecida pelo Bahia, me senti na obrigação de vir aqui e esclarecer mais uma vez o assunto.

Quando fui setorista pela primeira vez em 2012, havia acabado de sair da função de Repórter da Tv Bahêa, o canal oficial do clube na época. Estava afastado do rádio há um ano. Encontrei o sistema já dessa forma, a prática acontecia há anos. Poderia ter me recusado? Poderia. Mas não o fiz. Era a minha grande oportunidade na carreira e confesso que em momento inicial não mensurei o tamanho do erro. Errei.

Segui sempre os meus princípios. Nunca obtive nenhum tipo de retaliação de nenhum veículo e nunca considerei o fato como um “cala boca”, minha condição de independência, transparência e imparcialidade sempre esteve presente e os que acompanham meu trabalho sabem disso. Por diversas vezes tive essas mesmas passagens cortadas pelo clube, por críticas pesadas feitas à antiga gestão. Isso não é motivo de orgulho, apenas um fato a ser constatado.

Confesso que ontem não foi um dia fácil, pois lidar com esse tipo de coisa nunca passara pela minha cabeça. Pensei em desistir. Senti vergonha. Errei novamente. Se tem algo que eu não posso é me envergonhar. Recebi centenas de mensagens via Twitter e 100% delas de apoio e compreensão pelo ocorrido. Recebi o amparo da minha Família e amigos, que estavam orgulhosos diante da minha conduta e discurso na rádio. Assumo a responsabilidade, não a culpa.

Recebi a ligação do Diretor do Departamento de Comunicação do Bahia Nelson Barros Neto e do Diretor Jurídico, Vitor Ferraz, como forma de respeito ao meu trabalho e agradeço profundamente as palavras de ambos e a hombridade que tiveram em me ligar.

Portanto, diante de tudo isso, gostaria de frisar que continuo firme no meu trabalho, sou grato a todos que se manifestaram, a oportunidade que tive na minha empresa de esclarecer os fatos.

Um grande abraço a todos

Bruno Queiroz

*** 

E Branco Almeida, Comentarista da equipe Bate Bola Baiano, Rádio 100 FM



Não vou usar palavras moderadas, medidas e comedidas para retratar este fato que me expõem e me coloca como se fosse um porco em uma lama, um mar de lama.

NUNCA, EU DISSE, NUNCA TRATEI COM DIRIGENTE NENHUM, JAMAIS ACEITARIA NENHUM TIPO DE PROPINA, GORJETA, MIGALHAS, DO VITÓRIA, QUANTO MAIS DE UM CLUBE QUE RESPEITO PELO MINHA PROFISSÃO E NADA ALÉM DISSO. PARA SER RESPEITADO PELOS TRICOLORES, TENHO QUE RESPEITÁ-LOS, MAS NADA ALÉM DISSO. MEU TRABALHO É FEITO NA BUSCA POR SER ANALISTA E RETRATAR FATOS QUE EU E A GRANDE MAIORIA POSSAM ENXERGAR. NADA MAIS.

Os comentaristas esportivos NORMALMENTE costumam trabalhar nos estádios locais ou no estúdio, viajando quase nunca. No meu caso, entrei no rádio em 2010 e viajei apenas UMA ÚNICA VEZ, EU DISSE, UMA VEZ para cobrir jogos fora de Salvador. Bragantino x Vitória jogaram em Bragança Paulista, cidade distante da capital 90 km, ou seja dispensa avião e no domingo Portuguesa x Bahia, na capital paulista. Pois bem, fui pela rádio TUDO FM, cuja equipe esportiva era comandada por Jailson Barauna, que afirmou para mim, que minha passagem foi emitida pela empresa de viagens que anunciava na rádio e não pelo ECBahia. Quem sempre tratou da nossa logística na equipe foi o chefe, logo JAMAIS poderia constar meu nome nesta lista.

Nunca fui uma pessoa simpática ao clube, torcedores, dirigentes e todos sabem por quais motivos. Desculpe a arrogância, mas quem conhece o Brasil e além mar com dinheiro do bolso, viajando, levando a família sempre e pagando, quem NUNCA viveu de rádio, quem tem 44 anos e só entrou no rádio aos 41 NÃO precisaria de uma migalha (3 míseras passagens).

Não só eu como vários colegas João Sá, Rainan Peralva, Salomão Batista, Fabrício Cunha, Paulo Roberto Argollo e outros NUNCA trataram com direção de clube nenhum, receber passagens para fazer jogos. Os acordos comerciais, as parcerias que geravam passagens aéreas SEMPRE foram feitos com os comandantes de equipe. NÃO QUERO DIZER QUE SEJA CRIME FAZER ISSO. Quero dizer que havia uma relação comercial e não vou julgar ninguém por isso. Mas qualquer pessoa com as faculdades mentais normais irá entender que o chefe faz a escala dos jogos e dá as condições para seu funcionário trabalhar, porém não precisa dar satisfação da origem destas condições de trabalho. Cabe a gente executar nossas funções.
Os inimigos devem estar rindo, adorando, tripudiando, mas não são estúpidos e sabem que este tipo de situação é absurda.

A JUSTIÇA SERÁ O CAMINHO DESTA EXPOSIÇÃO QUE ESTAMOS PASSANDO. PARA MIM E UMA QUESTÃO DE HONRA, DA MINHA HONRA E NÃO VOU SOSSEGAR ENQUANTO NÃO FOR FEITA EM PÚBLICO UMA RETRATAÇÃO TANTO DO CLUBE, QUANTO DESTE jornal QUE NÃO SERVE NEM PARA EU USAR QUANDO VOU AO BANHEIRO ELIMINAR FEZES.
Acredita em mim quem quiser, segue me dando credibilidade e confiando na minha postura quem quiser. MAS AÍ ESTÁ A SATISFAÇÃO E RELATO DOS FATOS. MEUS LEITORES MERECEM SABER E EU ESTOU AQUI PARA TRATAR COM QUALQUER PESSOA QUE QUEIRA SABER SOBRE OS FATOS.
  
***

O atual melhor e mais empolgante narrador de futebol do rádio baiano, João Andrade, da Equipe Os Campeões da Bola da Rádio Metrópole, respondeu a um comentário específico em sua página no Facebook:



João Andrade A explicação é simples Eaglecyber Serviços a parceria foi feita entre o Bahia e Edson Marinho (sua empresa) e as passagens eram tiradas em nomes dos profissionais (funcionários onde me incluo) que iam trabalhar no jogo.

Comentários

  1. Com este depoimento Juca Kifuri grava uma estaca no coração dos cronistas corporativistas, anti-éticos e imorais - e daqueles desorientados que fizeram a defesa do indefensável: Eu tenho como regra não só da minha vida pessoal, mas também nos 16 anos que dirigi a revista Placar, que, quando tenho o interesse em cobrir alguma coisa, eu pago para fazê-lo. Ou quem me paga para isso é o veículo pelo qual eu trabalho.
    Não aceito convites, e nunca permiti que um jornalista da Placar aceitasse o convite de clubes. Também não gosto dessa prática de dizer que o repórter fulano de tal viajou a convite do clube ou da empresa. Uma coisa é viajar a convite de um evento. Fazer uma palestra, por exemplo. Outra coisa é ser convidado para fazer a cobertura. Na minha opinião, essa cobertura será imediatamente viciada.
    Eu diria que o 'jabá' (como se chama popularmente essa prática de ajudar jornalistas nas suas coberturas) não é, infelizmente, uma novidade. E também não é uma coisa exclusiva da imprensa esportiva baiana.
    Sabemos que isso se dá de Norte a Sul do país. Sabemos quem é quem no meio do Rio de Janeiro ou de São Paulo, quem viaja a convite da CBF ou do Flamengo. O que não se dá, e é profundamente louvável, é a direção de um clube vir a público denunciar e dar o nome aos bois. E os bois que se expliquem!
    É uma atitude corajosa. Vai certamente criar inimigos para a eternidade, mas mesmo assim, botou o dedo na ferida. O Bahia está prestando um serviço não apenas para esporte brasileiro, mas também ao jornalismo independente do país.

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