[APPM-BA em Notícias] APPM visita Vice Governador e pede anistia de policiais que participaram da greve.




Por Edinei Dantas

Já está garantido o pagamento da primeira parcela da GAP IV para os policiais militares da Bahia. Um reajuste de pouco mais de R$ 200,00 nos vencimentos, já garantidos por Lei para a tropa há algum tempo, mas que o Estado resolveu pagar após a última greve. Porém, poucos estão se importando com aqueles que se envolveram na greve e estão sofrendo processos que podem os tirar da corporação.
 
Pois é. Centenas de Policiais Militares estão respondendo diversos processos que podem culminar com suas demissões. E para evitar esse mal a Associação de Praças da PMBA – APPM-BA vem batalhando nos bastidores para defender seus associados e até aqueles que não o são. Uma das ações ocorreu na manhã desta quarta-feira, 14, na Secretaria de Infraestrutura, no CAB, com o Vice Governador do estado, Otto Alencar.

Na oportunidade o presidente da APPM, Agnaldo Pinto, clamou o apoio da autoridade para que pais de família que lutaram por condições melhores de trabalho não perdessem seu emprego. “Não estou aqui pedindo defesa para quem cometeu atos de vandalismo. Pedimos pela maioria da tropa que se manifestou pacificamente e está sendo punida injustamente”, disse Pinto.

Um dos injustiçados foi o Soldado Gilvan Santana, que também participou do encontro. Eleito vereador de Jequié com a maior quantidade de votos, como reconhecimento à sua atuação como diretor jurídico da APPM local, Gilson ficou preso por 27 dias por participação na Greve. “Sou o policial militar que mais tem processo por causa da greve. Respondo mais até que o próprio Prisco. Me acusam de ações em Salvador quando estava em Jequié. Já respondo processo de deserção que foi arquivado graças a competência dos advogados da APPM-BA, e ainda respondo a dois IPMs, PAD, e PDS” relatou Gilvan, que agradeceu a confiança da tropa que lhe ofereceu uma votação expressiva nas urnas em reconhecimento ao seu comprometimento com a corporação.

Na oportunidade a associação também reivindicou a criação do plano de carreira; continuidade regular do curso especial de sargentos e cabos, conforme a antiguidade; e meios para facilitar a aquisição de moradia para os policiais militares inativos, bem como os da ativa e que moram em áreas de risco.

O vice-governador Otto Alencar garantiu que não vai medir esforços para buscar a anistia dos policiais militares que participaram da greve. Segundo ele, é possível sim facilitar a aquisição de moradias dos policiais e que se reunirá para analisar as questões inerentes ao plano de carreira da tropa. Ele ainda ressaltou as dificuldades financeiras do governo. “As reduções de IPI e outros tributos que o governo federal está fazendo não onera em nada eles, mas quebram os estados. Aqui perdemos cerca de R$ 150 milhões. Nós estamos no limite do pagamento da folha. Vocês vão receber a GAP IV né? Pois é, nós tivemos que congelar o pagamento para as empreiteiras para poder garantir essa primeira parcela de vocês. Daqui há 10 anos, se continuar assim, não vamos poder pagar a folha de funcionários com recursos próprios, vamos ter que tomar empréstimos”, esclareceu Otto Alencar.

Participaram também da reunião o presidente do Conselho Fiscal da APPM, Antônio Jorge; o coordenador Geral da APPM João Santos; o presidente da APPM/Jequié e o diretor do clube da APPM/Jequié, que também ficaram presos por mais de 20 dias por participação na última greve, Gilson Santana e Adaílton Correia; além do diretor de jornalismo Edinei Dantas.















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