[Crônicas] A indecência do mercado fonográfico brasileiro “Ai se eu te pego”
Por Edinei Dantas
A coisa é visível, mas como não se tem solução aparente não se fala, muito menos se critica. Eu aproveitei que senti vontade e estou com um tempinho sobrando para me expressar. Vontade estimulada pelo sucesso que vem fazendo agora o chato Michel Teló, com uma música que conheci no São João do ano passado, muito melhor interpretada pela banda baiana Cangaia de Jegue, “Ai se eu te pego”. E creia, não é bairrismo. Veja os vídeos e tire suas conclusões.
O conceituado publicitário Robson Brito sentenciou. “É Porque não conseguiu ir para a TV Nacionalmente (ou seja não se prostituiu como muitos), não conseguiu um padrinho na Globo. Se não teve visibilidade nacional não cresce. É assim na vida artística”, disse ele. E eu pergunto: isso é descente? Porquê ninguém reclama? E a internet? A produção de Faustão achou e pôs no AR ontem, 1º, aquele troço, um tal de “tecno Braga” com a Beyoncé do Pará, mas não viu o Cangaia porquê?
Composta por Antonio Dyggs e Sharon Acioly, a música foi lançada em 2009, muito mal interpretada pela banda Os Meninos de Seu Zéh. Porém tornou-se conhecida mesmo no São João de 2011 quando a Cangaia de Jegue usou como música de trabalho nas festas juninas. A partir dai foi interpretada por grupos como Forró dos Plays, Forró do Muido, Garota Safada e Aviões do Forró entre outras. Além de grandes artistas de outros estilos como Ivete Sangalo, Saulo da Banda Eva, Luan Santana e a consagrada banda Harmonia do Samba.
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