Desabafo! JURAMOS PROTEGER A VIDA, MESMO COM O RISCO DA MORTE!
Não somos executores,
protegemos vidas, e temos dado provas disso. Não vingamos a morte de
companheiros, apresentamos os "suspeitos" na delegacia, quando não há
reação injusta.
Lamentamos a forma como
o Ministério Público - MP apresentou o resultado de suas
"investigações" acerca do caso da Vila Moisés, não estamos discutindo
a legitimidade do MP investigar, embora, seja sempre parcial e totalmente
desfavorável aos agentes.
Pior que enfrentar a frieza do papel é o envolvimento
sentimental com os relatos de parentes das "vitimas", uma nova
função o MP assumiu, muito polêmica por sinal, pois quem apura não deveria
servir como acusador.
Porque o MP divulgou a
sua "investigação" e posicionamento antes da conclusão do inquérito
policial terminar?
Existe muita pressão de
movimentos sociais e da imprensa sensacionalista e tendenciosa, que sempre
mostra-se contrária às ações da PM.
A OAB-BA fala em
sentimento de dever cumprido. E a ampla defesa e o contraditório? Acredito que
a OAB é uma instituição de respeito e que sempre zelou pela ética e não deveria
divulgar nota de dever cumprido após o parecer do MP, pois, pelo menos um de
seus membros deverá trabalhar em defesa dos "acusados".
Lamentamos o
envolvimento de jovens com o crime, na maioria das vezes eles tem entre
13 e 28
anos, a maioria mora em comunidades carentes de políticas públicas e são
seduzidos pelas falsas benesses do crime, seja ele organizado ou não, e que
sempre exibem armas potentes e de grosso calibre. Nessas comunidades só se pode
adentrar com autorização do líder, e nelas sim existe execução sumária. São os
foras dá lei que têm eliminado jovens e adultos, ou qualquer ser humano que
apareça em sua frente na hora do delito. Nesses locais os únicos representantes
do Estado que conseguem chegar é a polícia e com elevado risco de morte.
A polícia tem se
esmerado para combater o crime e trazer uma sensação de paz à sociedade baiana,
mas, como pode esses policiais se esmerar tanto, vendo a sua frente o caixão ou
o banco dos réus? A quem recorrer se o MP, OAB e DH lhe condenam sempre, mesmo
antes do transitado em julgado? Como motivar os policiais a proteger a
sociedade com esse quadro que está instalado?
A sociedade precisa reagir
pra dizer que não aceita mais essa inversão de valores. Dizer que os bandidos
não podem se transvestir de líderes comunitários e que os movimentos sociais
devem chegar aos jovens e adolescentes antes dos bandidos, e lhes ofertar
horizontes promissores. É muito fácil fazer manifestações para chorar os mortos
e feridos e jogar, como sempre, a culpa na polícia, esse sim deve ser o
verdadeiro sentimento de REAGIR.
Roque Santos, Presidente da Associação de Praças da Polícia
Militar da Bahia- APPMBA.
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