#Economia - Mais barato e sem dívidas: confira dicas para você aproveitar o Natal sem gastar muito

Não vai ter jeito. A fórmula para fechar 2015 com menos dívidas, diante de um ano caracterizado pela inflação alta e poder de compra reduzido, envolve um bom planejamento e alguns sacrifícios - principalmente nas festas do final do ano.
Especialistas afirmam que dá para aliviar o bolso e comemorar o Natal com orçamento reduzido. Dividir os pratos da ceia entre os membros da família, propor um amigo secreto e ser criativo nos presentes são algumas dicas que ajudam a baratear o orçamento de fim de ano.
Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) indica que, este ano, haverá redução de 23% no valor médio do presente natalino na comparação com o mesmo período do ano passado. Reflexo do bolso apertado, os brasileiros vão gastar cerca de R$ 100.
Em 2014, este tíquete médio foi de R$ 130. Um estudo da consultoria tributária Deloitte também revela que a tendência é reduzir as compras neste Natal - 63% dos consumidores pretendem gastar menos em compras de presentes.
EstratégiasCom a ceia 16,12% mais cara este ano em relação a 2014, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), a dica do educador financeiro William Lima é que cada pessoa leve um prato para a comemoração natalina e, se possível, o faça em casa. “Assim, não sobrecarregam o dono da casa e fica mais em conta para todos”, afirma.
É exatamente o que fará a servidora pública Maria Helena Barreto, de 51 anos. Organizadora da festa de Natal da família, ela conta que as cerca de 25 pessoas dividiram os itens da ceia. Por conta das dificuldades econômicas deste ano, eles vão fazer um amigo secreto.
 Ainda sem presentes, a árvore de  Maria Helena Barreto, 51,  mostra que o Natal será apertado neste ano
(Foto: Evandro Veiga/Correio)

“Mantivemos a tradição de troca de presentes, mas vamos fazer um amigo secreto para evitar ter que comprar presentes para todo mundo”, conta. As crianças não vão entrar na brincadeira porque  gostam de ganhar mais presentes. Mas, cada um só vai dar o que puder.
“O teto do presente é de R$ 100. Assim fica bom para todos. Tem gente desempregada, pensionista, etc. Cada um tem suas restrições”, completa. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, ficar em casa e curtir este momento com a família e amigos são recomendações econômicas que valorizem o significado da data.
“Não deixe as compras para última hora e troque produtos caros e importados por produtos nacionais e mais baratos”, recomenda. Segundo ele, a resposta para economia pode estar em casa.
“Use a imaginação e faça receitas com produtos que já possua. Capriche numa decoração com materiais que já possui ou reciclados. Lembre que a data não deve ser interpretada como data comercial e sim como  de união e família”. 
PresentesPara William Lima, outra forma de economizar nos presentes é usar a criatividade e apostar nas lembrancinhas. “Nesta data, o maior presenteado é quem dá e não quem recebe”, prega o especialista.
A boa notícia para quem não vai deixar de presentear - nem que seja com uma lembrancinha -, é que os itens da lista de presente estão mais baratos. Entre dezembro de 2014 e novembro de 2015, a média dos preços dos presentes ficou abaixo da inflação medida pela FGV. A variação dos produtos foi de 3,63%. Registraram variação negativa aparelho telefônico celular (-3,74%), vídeo game (-2,45%), máquina de fotografar e filmar (-2,36%) e aparelho de TV (-0,75%). As altas mais expressivas foram de instrumentos musicais (11,04%), bijuterias em geral (9,97%) e bonecas (9,80%).
CriançasTrabalhar a educação financeira com as crianças também é uma forma de garantir um Natal mais ameno para as famílias. “É um trabalho árduo, mas é preciso ensinar que esta época é mais sinônimo de confraternizar do que de dar  presentes. Sejam firmes”, fala William Lima. 
A pedagoga Celeste Oliveira, 56, conta que há 15 anos faz um amigo secreto na família e a participação das crianças é fundamental.
“Como é uma cultura na família, eles percebem que aquilo é uma representação simbólica e querem participar. Tentamos afastar os meninos da ideia do consumismo em si e mostramos que a gente dá o que a gente pode e que não podemos perder o verdadeiro sentido do Natal”. 
O educador financeiro Wellington Ferraz ressalta que, tanto em relação às crianças, quanto em relação aos demais membros da família, é fundamental que o assunto finanças/orçamento doméstico seja abordado o mais cedo possível, em reuniões com a participação de todos os familiares.
“Utilize uma metodologia adequada para possibilitar que todos aprendam a lidar bem  com o dinheiro”. Segundo ele, aos poucos os pais devem ensinar aos filhos a anotar todos os ganhos e todas as despesas, incluindo os sonhos de curto, médio e longo prazo, e verificar quanto de dinheiro será necessário para realizar estes sonhos. “Poupe no mínimo 10% do orçamento mensal para realização destas  metas”.    
DívidasPara Ferraz, o planejamento é a melhor forma de evitar dívidas neste período festivo. “Tente diminuir os gastos supérfluos. Evite pagar a parcela mínima do cartão de crédito e entrar no limite do cheque especial”, indica.
De acordo com ele, os consumidores devem se questionar mais do que o normal quanto à necessidade de adquirir um  produto. “Analise se poderá comprar à vista. Caso tenha que parcelar, tenha certeza que terá o valor  na data do vencimento”. 
Prioridade do 13º é pagar as dívidasCom a chegada da segunda parcela do 13º salário até o próximo dia 20, os trabalhadores devem se atentar para tirar o melhor proveito do benefício. Segundo o educador financeiro da DSOP, Silvio Bianchi, a primeira recomendação com relação ao salário extra é que as pessoas aproveitem esse dinheiro para quitar dívidas.
“Mesmo que não consiga pagar tudo, comece um fundo e negocie uma parcela do valor da dívida com os credores”, sugere. Para o especialista, as pessoas precisam listar todas as suas dívidas e privilegiar aquelas que tenham algum fiador ou garantira real (imóveis, carros, pessoa física/jurídica).
"A partir daí, a prioridade varia de acordo com a taxa de juros”, explica. A dívida mais cara é a do cartão de crédito, depois a do cheque especial. A mais barata é o consignado. “Antes da renegociação, assegure que a parcela que está sendo renegociada vai entrar no planejamento dos outros meses”. 
O orçamento dos próximos meses, desta forma, deve ser feito de forma cuidadosa, cortando tudo que é surpérfluo. “Quando não controlamos o orçamento, temos despesas de 10% a 30% maiores”, diz.
Quem não tem dívidas pode aproveitar alguma parte do benefício para comprar presentes, por exemplo, “mas sempre lembrando que o ano de 2016 vai ser difícil e teremos que ser mais cuidadosos. Reserve para pagar as despesas de janeiro, como IPVA, IPTU, materiais escolares, etc”.

Fonte: Ibahia

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