#Luto - LIDERANÇA DA ASSOCIAÇÃO DE MULHERES DO QUILOMBO DO TABULEIRO DA VITÓRIA É ASSASSINADA.


A Secretária da Associação de Mulheres do Quilombo do Tabuleiro da Vitória e Adjacências, Elitânia de Souza da Hora, foi assasinada ontem a noite, na cidade de Cachoeira, ao sair da sala de aula na Faculdade de Serviço Social da UFRB.

O assassino foi seu ex-companheiro Alexandre Passos Silva Góes, que a surpreendeu na saída da aula e, na frente de testemunhas, segurou a cabeça da vítima e disparou dois tiros.



A jovem era uma das mais promissoras lideranças quilombolas da região, notabilizando-se na organização do entidade e nas lutas pela educação escolar quilombola, políticas afirmativas e auxílio permanência para os estudantes universitários.

Para Ananias Viana, Coordenador do Conselho Quilombola do Vale do Iguape, as comunidades quilombolas da região tem sofrido violentos ataques, em suas formas de existência e resistência. "Este crime não pode ser compreendido como uma situação meramente conjugal: "Trata-se de intolerância a condição de mulher negra Quilombola da companheira assassinada e estaremos firmes pela responsabilização do culpado e cobrando posição das autoridades".

*Jovem universitária*

A liderança concluía o curso de serviço social na Universidade Federal do Recôncavo, ingressando pelas cotas quilombolas há quase quatro anos.Participava do Coletivo Quilombola da UFRB, destacando-se por sua capacidade de articulação e trabalho em prol do coletivo.

 Tinha protagonismo em ações pelo desenvolvimento rural nos quilombos da microrregião do Tabuleiro da Vitória, integrando o Grupo Produtivo Maravilhas Quilombola, de produção de licores, doces e outros produtos da agricultura familiar, beneficiados para venda através do Selo Brasil Quilombola.

*JUSTIÇA*

Para Anhamona de Brito, advogada da AMQTVA e ativista de Direitos Humanos, a vítima tinha buscado o apoio das instituições de segurança pública e de justiça, que não conseguiram assegurar sua proteção após inúmeras denúncias. "Elitânia foi agredida diversas vezes por Alexandre Passos Góes  estando sob medida protetiva de urgência. Filho de juiz aposentado, dizia que não daria nada para ele e que a mataria na primeira oportunidade. Mesmo com a pressão comunitária, o assassino, pessoa conhecida na região e com endereço certo, não era localizado pela polícia ou pelas instituições do Sistema de Justiça". Segundo a advogada, maior preocupação é assegurar a vida da principal testemunha do crime, colega de turma da vítima que estava ao seu lado quando dos disparos.

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