O que eu vi em O Poço...





Atenção! Contém Spoiler.
Obs. Nada muito sério! Apenas uma brincadeira.
O que eu vi em O Poço...


A curiosidade matou o gato e quase mata o artista! Um cara pede para entrar em uma prisão diferenciada. Se todas as prisões são do “iníquio”, nesta, ele foi o mestre de obras. Um prédio de não sei quantos andares, 1º de abril, sei sim, 333, metade da marca da besta. Tô dizendo! Se não é do “iníquio”, é metade dele!


Não existe superlotação, logo, não era no Brasil. Apenas dois por cela em um ambiente onde só havia duas camas, uma torneira e um buraco retangular no chão e no teto onde um concreto de mesma forma passava com a comida, o poço. Não lembro se tinha buraco pra cagar.


A mesa era farta! Partindo do primeiro andar superior com tudo que todos os presos gostavam. Poderia alimentar a todos até o primeiro andar inferior, se não fosse a mensagem política que o diretor queria passar. Os de cima não se davam com os de baixo, e quando o banquete chegava, como animais, avançavam comendo o que podiam, o que não podiam e estragavam o resto com todo tipo de excremento humano, sem se importar com os de baixo. Eram três classes de pessoas, as de cima, as de baixo e as que caiam. Os de baixo comiam as sobras dos de cima, óbvio.


O artista, apelido dado por meu pai aos protagonistas, parecia ser o revolucionário que veio para ajudar os de baixo, representação dos mais pobres. No seu percurso, ele começa na cela com um senhor acomodado, que acredita que nada vai mudar, e que para sobreviver segue o fluxo. Comia, no péssimo sentido, seus parceiros de cela e quando o protagonista seria mais uma vítima, foi defendido por uma mulher que percorria todos os andares procurando sua criança. Criatura perturbada que também comia a carne humana, comeu um cachorro e também veio a óbito. A dona do cachorro tentava convencer a galera a se comportar pelo diálogo, mas ninguém atendia. Se matou para o “messias” se alimentar com sua carne.


O último parceiro de cela do “artista” foi o negão religioso, que tentava, na humildade, subir de andar com uma corda, mas era humilhado e escarnecido. Juntos, resolveram que se não obedecessem no amor, obedeceriam pela dor. Saíram do conforto do 6º andar superior e, como ditadores, desceram cada andar agredindo e matando para fazer alguma comida chegar, finalmente, nos andares inferiores. Os fins justificam os meios? Com muita dificuldade, uma sobremesa chegou até o primeiro andar inferior, o 333, onde encontraram a criança tão procurada pela mulher. A criança seria uma tal mensagem, ela sobe no tampão dos alimentos para o andar inicial, o “messias sai caminhando o com o fantasma do velho e o filme acaba.

By Dantinhas

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