PM-BA: 184 policiais já foram afastados em 4 anos; 77 por transtorno mental
Na
Polícia Militar da Bahia, 40% dos servidores afastados por problemas de
saúde apresentaram distúrbios mentais e de comportamento. Dados do
Centro de Perícias Médicas Militares (CPMM) mostram que, entre 2008 e
2012, a PM-BA registrou 184 afastamentos definitivos e temporários.
Reportagem do Correio mostra que os casos de síndrome do pânico, tensão
pós-trauma, transtornos compulsivos e depressão se multiplicam e são
cada vez mais comuns. Pelo menos cinco PMs que tentaram suicídio estão
atualmente em tratamento no Serviço de Valorização Profissional (Sevap),
responsável pelos atendimentos psicológicos na corporação. Nos números
não estão contabilizados os 27 encaminhamentos para atendimentos
psiquiátricos em instituições externas. Como não há psiquiatras na PM,
eles são levados para locais como o Núcleo de Atendimento Psicológico da
Secretaria da Segurança Pública (Nead), Sanatório São Paulo e algumas
fundações. “A quantidade de profissionais não comporta. São casos
difíceis e crônicos, que duram quatro, cinco meses de tratamento”,
afirmou o major Antônio Honorato Barbosa, que assumiu a coordenação do
Sevap há cerca de dois meses. “Por isso, nossa prioridade é sanar as
demandas organizacionais. Mandar o policial para a clínica só em último
caso”, admite. Na última sexta-feira (12) um PM lotado na 17ª Companhia
Independente (CIPM/Uruguai) depredou um carro e um ônibus na Avenida
Joana Angélica, em Salvador. Ele se descontrolou e passou a dar socos e
pontapés no parabrisa do veículo de transportes de passageiros. O
soldado foi encaminhado para a 1ª Delegacia, nos Barris, e em seguida
apresentado à Junta Médica de Saúde da PM. Em nota, a instituição
informou que ele já havia dado entrada na Junta Médica anteriormente e,
neste momento, “se encontra afastado das atividades operacionais e
administrativas em decorrência de tratamento psiquiátrico a que está
submetido".
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