Atividade noturna piora saúde de policiais

O policial sofre por diversos fatores no exercício de sua atividade. O trabalho noturno é mais um agravante na ocorrência de riscos à saúde. Foi o que mostrou uma pesquisa apresentada na 13ª Reunião Anual de Iniciação Científica da Fiocruz. O estudante de estatística da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e bolsista do Centro Latino-americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) Thiago de Oliveira Pires cruzou dados sobre turnos de trabalho (noturno e diurno) e condições de saúde de policiais civis para chegar a esta conclusão.

"Tomei como referência não só sua atividade regular, mas também o trabalho fora da corporação, que gera desgaste físico e mental", diz Pires. "Os cálculos a partir de dados de 1.458 policiais civis do Rio de Janeiro mostraram que a chance de encontrar homens no trabalho noturno é maior; nesse turno de trabalho eles têm mais chance de ter constipação, de serem fumantes, obesos e de estarem insatisfeitos com o lazer", completa.
O trabalho compõe uma pesquisa do Claves que visa investigar as condições de saúde de policiais civis e militares do Rio de Janeiro, ainda em desenvolvimento. Será descrito o perfil desses policiais segundo tempo de serviço na polícia, faixa etária, cor da pele, sexo, peso, situação conjugal, escolaridade e jornada de trabalho. As variáveis finais descreverão desde doenças físicas e possíveis riscos até o sofrimento psíquico.

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